Resenha do Livro infantil “Papai, Cadê o Vovô?”

Por Yavini Santos

Capa do Livro Papai, cadê o vovô?

Olá querido leitor, estou aqui novamente para falar sobre Afonso Padilha, para quem não sabe, aqui no nosso site mesmo, tem a resenha do especial da Netflix “Alma de Pobre" que foi feito pelo humorista Afonso Padilha. Mas hoje, conforme havia dito, iremos dedicar essa resenha para o público infantil.

Como nessa segunda-feira foi o dia das crianças, e nós do The Bóte estamos dedicando essa semana para os pequenos, decidi falar sobre um livro maravilhoso, chamado “Papai, cadê o vovô?”, trata-se de um livro infantil que conta a história de Pepeu, um menininho que questiona ao Papai sobre o avô paterno, que ele nunca conheceu. De maneira divertida o pai de Pepeu conta como foi criado. O livro é ilustrativo, tem 53 páginas e foi feito para crianças de faixa etária entre 4 e 12 anos.

O livro articula a essas crianças que a escolha do pai de ir embora, não é culpa delas, que foi escolha única e exclusiva do adulto. E mostra o lado guerreiro de uma mãe solo. De forma cômica, o diálogo entre Pepeu e seu pai recriam as piadas de abandono paternal, não levando para o lado negativo, mas sim exaltando o lado da mãe guerreira que o criou.

Afonso Padilha e Guilherme Bandeira, escritor e ilustrador do livro.

O assunto tratado no livro é muito comum, em nosso meio social sempre haverá pelo menos uma pessoa que se identifique com essa história, uma vez que de acordo com o que foi levantado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mais de 5 milhões de brasileiros não têm o nome do pai na certidão de nascimento. O próprio autor do diálogo, Afonso Padilha, teve a infância conforme descrita no livro: criado apenas pela mãe, como ele mesmo disse, a musa inspiradora, que criou os três filhos sozinha, não teve a figura paterna tão próxima. E coincidentemente, Guilherme Bandeira, responsável pelas ilustrações da obra, também teve uma figura paterna ausente em sua infância.

A obra foi lançada nesse ano de 2020, pela Editora Meu Bolso, ilustrado pelo eleito melhor cartunista de 2017, Guilherme Bandeira, e escrito pelo comediante, roteirista e escritor Afonso Padilha. Está disponível para vendo no site do Guilherme Bandeira, na Amazon e Estande Virtual e disponível em ebook no Kindle.

Revisão: Fernanda Iana