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Será que a militância está passando dos limites?

Por Patricia Pontes



Se tem um meme que eu gosto é a foto da Gretchen sentada e uma frase: “Vou militar pelo o que eu acredito”. Para ser honesta, a palavra “militar” e seus derivados virou um grande deboche na nossa boca, mas, afinal o que é militância? Eu procurei no Google (vale lembrar que as definições de palavras do Google não andam muito confiáveis, né, leitor? Mas vamos deixar isso para outra conversa), e a resposta foi: “é a pessoa que defende a sua causa, que luta por ela”. E foi aí que eu, mentalmente, perguntei: “Por que, então, essa palavra se tornou algo engraçado? A resposta é simples, leitor: os excessos da militância.


Em meu Instagram tem uma certa pessoa que é bem militante, quando eu comecei a segui-la, fiquei bem animada. Em certos pontos, nós concordamos, e ver como ela refletia sobre o assunto me interessava. Mas ao passar do tempo, essa pessoa começou a passar dos limites e, ao meu ponto de vista, tudo questionava, apressadamente. Para mim, a gota d’água foi quando, em exatamente 30 segundos de uma série, ela já criticou todos os temas, tudo o que, talvez, iria mostrar. Eu pergunto para mim e para você, querido leitor: é, realmente, possível a gente conhecer tudo de uma obra ou de uma pessoa em 30 segundos, formular uma opinião e ir nas redes sociais para falar dela?


Honestamente, eu sou a favor da militância, não só acho, como temos o dever de nos posicionar mediante às situações que vão contra o que acreditamos, mas tudo isso com uma coerência e limite. O grande problema de militar em excesso é você mostrar a sua opinião de uma forma que ninguém mais vai ouvir você. Temos vários casos de pessoas que são extremamente desagradáveis ao demonstrar seus pensamentos. Às vezes, são coisas justas e que é o certo, mas a forma como é feito acaba destruindo qualquer conexão com a pessoa que está assistindo. Leitor, expresse a sua opinião da forma que quiser, fale mesmo, não deixe ninguém te silenciar jamais, porém não esqueça de ser gentil com quem vai te ouvir e sempre pergunte a si mesmo: “Será que estou sendo coerente?”, afinal, precisamos tratar os outros como gostaríamos de ser tratados.

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